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Artista austríaco Patrick Hubmann inaugura instalação “Museu Móvel” no próximo domingo

por admin

Projecto Mappa 21 quer transformar a Cultura em Paredes…

Após a homenagem em vida prestada pela Câmara Municipal de Paredes, em conjunto com a companhia Astro Fingido, ao ilustre artista ‘nado-concelhio’ Henrique Silva (foi director executivo da Cooperativa Árvore do Porto e co-fundador e director da Bienal de Cerveira), no passado dia 2 de junho, o Mappa 21 prossegue, ainda na senda das artes plásticas, convocando para o efeito o artista plástico austríaco, radicado em Portugal, Patrick Hubmann. O mote é uma instalação que inaugura no Parque José Guilherme, em Paredes, no próximo domingo, 13 de junho, às 11h00, e que, pelo conceito de itinerância subjacente, assumiu o título de “Museu Móvel” (a instalação vai circular pelo concelho de Paredes/ver documento em anexo).

Deve referenciar-se que Hubmann nasceu em Graz, em 1974. Estudou engenharia e design de interiores. No seu percurso, entre outros tópicos importantes (ver sinopse biográfica mais completa do artista em anexo), destaca-se o trabalho na Fabbrica di Olinda e no Serviço Educativo de Adolescentes em Dificuldade, em Milão, Itália, enquanto designer e formador, desenvolvendo nos workshops que promoveu junto de jovens afectados por problemas de saúde mental, de abandono escolar e refugiados, colecções de objectos para casa e mobiliário. Em Portugal colaborou com projectos no âmbito de Guimarães Capital da Cultura 2012, fixou-se na Cidade-Berço no ano seguinte e desenvolveu, com a Universidade do Minho, um curso de design e teatro do qual resultou o projecto EmCaixa. Mudou-se para Matosinhos em 2015, onde desenvolve projectos no espaço público com a participação das comunidades locais.

Mappa 21 – Uma mola de abertura cultural para Paredes

A amplitude do programa Mappa 21 é de extensão vasta e o desígnio com este projecto encabeçado pela autarquia de Paredes e cuja coordenação e concepção artística dependem da Astro Fingido, é que o mesmo consagre um papel reforçado à música, às artes e ao património ao nível do concelho. No fundo, o depósito de expectativas dos promotores é que o projecto Mappa 21 possa constituir um contributo com alguma relevância para a Cultura em Paredes. Neste primeiro passo, de outros vindouros, entre junho e Outubro do ano presente serão abrangidos neste programa em rede locais de Gandra, Lordelo, Baltar, Vilela, Rebordosa, Cete, Louredo e Sobrosa.

Para além das artes plásticas, a programação do Mappa 21 contempla ainda os denominados Concertos Falados, que combinam desempenhos musicais de guitarra ou nyckelharpa, lendas associadas a Paredes, ditas, melhor, interpretadas por actores sob a direcção de Susana Oliveira. Na programação de junho, já no próximo sábado, dia 19, o músico Aires Montenegro estará no Mosteiro de Cête acompanhado pela actriz Ângela Marques, da Astro Fingido. A partir das 21h30, do dia 19 será apresentada uma releitura da Lenda da Srª do Salto pelo dramaturgo Jorge Palinhos. No próximo mês de julho (dia 24, sábado, às 21h30) decorrerá a apresentação de novo Concerto Falado pela dupla Daniel Lemos, na guitarra, e do actor e declamador Fernando Soares, com nova versão de Jorge Palinhos da Lenda da Romaria a Santiago, em Vilela, no espaço exterior da igreja local. 

Daremos conta das demais apresentações dos Concertos Falados e do “Museu Móvel” em nota de imprensa posterior, no entanto relembra-se que o programa integral  segue em anexo. Como motivos de interesse, o Mappa 21 será ainda portador de práticas cénico-dramatúrgicas e performances teatrais ainda em concepção, designadamente a prestação da actriz Filomena Gigante num percurso que levará o público a conhecer, num autocarro panorâmico, os vários pontos concelhios onde os “Torna-Viagem” paredenses emigrados no Brasil e regressados ao nosso país, mais fizeram sentir a sua influência, sobretudo na arquitectura e nos costumes.

A reiterar o alcance do Mappa 21 enquanto ‘gps artístico-cultural’ para o concelho, o espectáculo de teatro “O Que Ficou”, sobre a ideia do lugar e da memória, com a participação da comunidade, e cuja dramaturgia está a ser ultimada por Pedro Fiúza, será levado à cena nos meses de setembro e outubro e será o culminar da programação do MAPPA para o presente ano.

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